Sento-me e olho-te com ternura. Foi nas tuas margens, Tejo,
que a minha vida mudou. Nessas margens onde aprendi que o mundo é muito maior
que a herdade onde cresci. Foste tu que me mostraste o caminho da imensidão, a
direcção do mar. Tu, sim tu, que albergas peixes, patos, barcos, que em ti tens
vida e ensinas a viver, a querer, a lutar. Foi nas tuas lezírias que cruzei a
minha infância, brincando com os teus afluentes. Foi sob a tua vigilância
permanente que fiz e desfiz amizades, que me aventurei nos prados já distantes
de casa. Foi em ti, Tejo, que eu aprendi o amor, esse aperto no peito, essa
liberdade da alma. Foste tu que me deste um homem, que me casaste, que me
permitiste ser feliz. Esse homem já cá não mora, disse que me esperaria, para
não ter pressa. Mas tu, Rio, ainda moras neste quadro, nesta parede da casa que
apadrinhaste. Tu e a felicidade. Eu e a saudade...
adoro.
ResponderEliminarObrigada :)
ResponderEliminarAmiga do Pedro?
São os bocadinhos como "me mostraste o caminho da imensidão, a direcção do mar" que me fazem voltar aqui para ler isto.
ResponderEliminar;) volte sempre!
ResponderEliminarO Tejo, o Tejo...
ResponderEliminarE todas as direcções e caminhos e imensidões que já me deu... esse Tejo brilhante que nunca desaparecerá...