Sempre que viajo sinto-me livre. Soa um pouco a cliché, mas a verdade é que viajar e ser
livre são dois conceitos que só ganham significado quando são adoptados por
alguém. Viajar tanto pode ser adormecer num continente e acordar noutro, como
sair de casa e desta vez virar à direita em vez de ir pela esquerda. Mais que
uma deslocação, viajar implica um estado de
espirito, uma predisposição para usar os sentidos, para absorver, para sentir.
No fundo, para crescer. Para mim, viajar é procurar ser livre. Esta liberdade
aparece de várias formas, mas há uma que me é especial, que eu aprendi a
encontrar. É a forma do infinito. Onde quer que vá, sinto-me livre sempre que
vejo o infinito. Já o vi nos céus límpidos das noites do deserto, na curvatura
da Terra vista através de uma janela de avião e no horizonte, ao fundo da
vastidão imensa do mar. É nesse instante, em que vislumbro o infinito, que sou
livre, porque encontrei algo que será sempre maior que eu.
Seja realidade ou ficção, conto ou experiências na 1ª pessoa, a tua escrita é transversal!
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