Olho à janela. Os céus agitam-se. Ganham vida. Uma nova
cor. Um encanto Primaveril em Dezembro.
Bandos de aves povoam o céu num bailado migratório único.
E com eles, a minha alma viaja, o meu corpo
desmaterializa-se e atravessa todas as fronteiras do imaginário.
Cá de cima vejo a vida correr bem devagarinho, quase
parada, lá em baixo. Pontos de luz marcam qualquer coisa que não sei bem
distinguir. Não me importa e sigo viagem.
Os bandos não param, vêm uns atrás dos outros e quase se
atropelam para garantir que cada um chega primeiro, desenhando nos céus formas
geométricas e figuras estranhas.
Enquanto isso sou levada pelas asas da minha imaginação e
sobrevoo os Grandes Lagos da América do Norte, rumo a sul para o árido Sahara,
plano sobre o Rio Nilo onde me refresco e sigo em direcção ao Egipto e
comtemplo as enigmáticas Pirâmides de Gizé.
‘Que maravilha, que grandeza tamanha’, pensei
absolutamente inebriada!
O desfiladeiro que me leva à recôndita Petra abre caminho
aos aromas da Índia, à imponente Muralha da China, ao Pacífico Sul, à virgem
Patagónia, inspiro a vida no pulmão da terra…
‘Ring, ring’
- Espírito Santo & Associados bom dia está a falar
com a Alice.
E cá em baixo, a vida continua. Bem devagarinho. Quase
parada.
Foto e conto por Rita
gostei das várias dimensões
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