- Pica, pica, pica! Vá lá…
Pica! Senão não tenho almoço. Vá peixinho, antes que suba a maré e eu tenha que
me levantar daqui. Não estou com muita vontade de me mexer, sabes? Anda,
facilita-me a vida. Se eu chego a casa sem nada, a Maria enferniza-me a cabeça.
Peixinhooo, pica, pica, PICA! Malvado, havias de bater com a cabeça num pneu!
Colabora, peixinho. Comprei-te um isco tão saboroso e tu não me ligas nenhuma.
Que desperdício, afoguei uma minhoca e agora não vens comer? Não me faças essa desfeita,
que a Maria come-me vivo se eu não levo peixe para casa. Vá lááá!
- Então, Alberto, já pescaste
muito?
- Tens dúvidas? Já me fartei
de pescar, mas deito-os ao rio outra vez. Faz-me pena.
- És um coração mole.
- Olha a picar! Já está! As
minhas preces foram ouvidas, peixinho!!
Enrola a linha e sai um carapau pequeno a contorcer-se.
- Um jaquinzinho… É melhor
não aparecer em casa…
O Manel depois da pesca vai pa tasca beber uns copos
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