Já não é a primeira vez. Sob o telhado pagódico, na face
remota daquela ilha, da sua ilha, encontram-se. Mais que um refúgio, um
esconderijo. Um lugar proibido, assim como o seu amor. Ali se juntaram ao longo
de seis anos, longe dos olhares mortíferos de quem desaprova. Sob aquele tecto,
floresceram dois amantes furtivos, ficou tudo o resto para trás, sobrou apenas
o Amor. À sua frente, uma janela para o mar, a imensidão que os define, uma
esperança ténue que os guiou. Mas hoje, os motivos são outros. O Imperador seu
pai tem planos para Ela. O Amor não faz parte deles. Muito menos Ele,
desconhecido só com a vida para oferecer. Hoje, despedem-se. Hoje, celebram um
amor que se espraia através do futuro, eterno, que cada um carregará consigo.
Abraçam-se, envoltos no resplendor da Lua, alvo, sincero, sem censura. Olham-se
uma última vez, cheios de tudo, crentes de nada.
-"Acabou."
- diz Ela.
-"Nunca
acaba." - diz Ele.
Há seis anos, o Amor semeou. Hoje, o Amor colheu. Hoje, o
Amor venceu.
Foto e conto por Pedro
Porque é que as vossas histórias de amor me fazem chorar SEMPRE, porra? Isto não pode ser! Até começa a pensar que o defeito é meu, não é?
ResponderEliminarQuero já o livro de reclamações