- És tão bonita! – disse ele
ao olhar para o meu corpo nu.
Naquele último e derradeiro
momento de prazer tudo era doce. Maior que o mundo. Que o fim de todas as
coisas.
O toque. O cheiro. O beijo. O
desejo.
Ainda sem me tocar já o meu
corpo se dava aos seus pensamentos como que adivinhando o caminho já desenhado
tantas vezes e atalhado tantas outras, contorcendo-se em movimentos de uma
sensualidade quase imaculada.
‘Devo levá-la comigo nesta
loucura?’, pensou ao olhar-me nos olhos.
‘Quero-te tanto’, responderam eles.
A pressão daquele corpo forte
sobre o meu peito fez-me tremer. ‘Huuumm’.
Nada era proibido, só já não
era tão consentido…e entregámo-nos!
Sentia o teu corpo tremer
quando me abraçavas!
Um casaco…uma camisa…as
calças…a liga. De repente toda a camada de pele falsa que protegia os nossos
corpos estava espalhada pelo chão e os nossos corpos, nas mãos um do outro.
Trazias contigo o cheiro
exótico de uma paixão de pele! Tudo em ti era energético, forte, envolvente e
sentia-me mendigar por ti e cada curva do teu corpo!
Chamavas por mim, quente e
livre…assim me entreguei.
Com a aurora veio o sabor
amargo do fim quando os teus lábios apenas me disseram
‘bom dia’.
Foto e conto por Rita